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GHOST no Hard Club e Paradise Garage
GHOST no Hard Club e Paradise Garage

GHOST

 

A mais aplaudida, louvada e misteriosa banda de metal da atualidade vai estrear-se finalmente em Portugal.

Apresentados ao mundo como "um ministério de adoração ao Diabo, que – de forma a difundir o seu evangelho profano – decidiu usar o rock como veículo para atingir os seus objetivos", os suecos GHOST são, sem qualquer dúvida, uma das bandas mais entusiasmantes da música moderna. Um projeto anónimo a mover-se sorrateiramente numa sociedade obcecada pelas celebridades e cega pelas redes sociais, no espaço de apenas cinco anos o sexteto oriundo de Linköping conseguiu atingir níveis de sucesso mainstream com que a grande maioria dos grupos de metal só pode sonhar e, mantendo-se firmemente envolto em mistério, cultivou uma excelsa personalidade de subversão e simbolismo que o destaca de toda a competição. São hoje uma das mais interessantes bandas de peso para ver ao vivo e, ao combinarem de forma cuidadosamente coreografada a componente teatral que tão bem os tem vindo a caracterizar com a força contagiante das canções que escrevem, proporcionam uma experiência verdadeiramente memorável, que o público nacional vai ter finalmente oportunidade de testemunhar ao vivo e a cores quando, nos dias 27 e 28 de Novembro, o Papa Emeritus III e os Nameless Ghouls subirem ao palco do Hard Club e do Paradise Garage, no Porto e em Lisboa, respetivamente.

Ao contrário do que muita gente parece pensar, o sucesso dos GHOST não se deve apenas à promoção estratégica e muitíssimo inteligente do fascínio pela intriga e pela curiosidade que os músicos cultivam – e, surpreendentemente, conseguem manter – desde que, há quase uma década, emergiram como uma mancha negra das profundezas. A primeira aparição pública da banda digna de registo aconteceu em 2010, quando o lendário Fenriz, dos Darkthrone, os mencionou de forma elogiosa na sua influente coluna Band of the Week. Uns meses depois seria editado o disco de estreia do sexteto sueco e «Opus Eponymous» transformou rapidamente a banda numa das mais admiradas e badaladas propostas no espectro da música pesada. Apoiados na mestria com que fundem um cenário de terror que vai beber influência ao legado de artistas como Arthur Brown e Alice Cooper com os riffs dos Blue Öyster Cult e Mercyful Fate, a dose certa de psicadelismo e melodias que deixariam os The Beatles profundamente orgulhosos, conquistaram fiéis dentro e fora do metal. A música, mais refinada em «Infestissumam», o segundo álbum, de 2013, afirma-se como algum do mais credível e tecnicamente competente heavy metal de que à memória recente – e já lhes valeu um Grammy e rasgados elogios de personalidades tão respeitadas e lendárias como James Hetfield, Phil Anselmo e Dave Grohl, com quem gravaram o EP «If You Have Ghost». Entretanto andaram pelo mundo a tocar para plateias totalmente rendidas, ao lado de bandas como os Metallica e Iron Maiden, estabelecendo-se como um verdadeiro bastião de entretenimento e como sinónimo de uma noite bem passada. «Meliora», o muito aguardado terceiro álbum de originais, é editado a 21 de Agosto, promete um adensar de peso e obscurantismo e serve de mote à estreia do coletivo em Portugal.

Também a estrear-se em solo nacional, os DEAD SOUL são um duo sueco e começaram a tomar forma há apenas três anos, fruto da cooperação entre o bluesman Slidin' Slim e o compositor e produtor de música eletrónica Niels Nielsen. Ambos tinham colaborado anteriormente, mas agora com um carácter mais permanente criaram algo inteiramente novo e apaixonante na sua negritude muito eclética, que soa como o Trent Reznor a fazer versões do Muddy Waters. Enraizado no blues, mas com uma entrega industrial, o duo aproxima o coração das trevas e, de boleia, leva o ouvinte numa viagem alucinante através de túneis escuros e sem sinal de luz, muito ao jeito da epopeica busca do Capitão Willard pelo Coronel Kurtz. «In The Darkness», o primeiro fruto desta associação talentosa, editado em 2013 pela independente Razzia Records, soa extraordinariamente completo, inequivocamente bluesy sem cair nos parâmetros rígidos de género e alimentado por uma batida bem pesada, avassaladoramente industrial, que serve como uma plataforma para as confissões apocalípticas dos estrategas deste peculiar projeto sem regras aparentes... Bem-vindos à escuridão!