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Tremor já é o maior abalo musical na história da música do Atlântico
O TREMOR já é o maior abalo musical na história do Atlântico. A festa de música da ilha de São Miguel, Açores, complementou-se com outras expressões, firmou-se no seu novo formato de cinco dias e deixou a marca que só uma experiência multidimensional pode ter, em todos os que passaram pelo evento, de artistas, ao público e à população local, levam a memória e o peito cheios.
Na sua terceira edição, o TREMOR recebeu cerca de 150 artistas, 50 concertos, 6 residências artísticas que se concretizaram em fotografia, em artes plásticas, na gravação de um disco e na montagem de espectáculos, cinema, exposições e 4 sessões da já mítica experiência de viagem, concerto e atravessamento dos sentidos que é o Tremor na Estufa. Um TREMOR TOUR com seis paragens regionais, nacionais e internacionais levou o festival e os artistas Sara Cruz e King John além fronteiras, e duas sessões do Tremor na Escola levaram a palavra e a música às Escolas Secundárias da Região. A terceira edição do TREMOR teve epicentro em Ponta Delgada mas alastrou-se a toda a Ilha de São Miguel, tendo incluído concertos na Oficina- Museu das Capelas, nas Termas da Ferraria, no Estádio de São Miguel e no skate park Black Sandbox.
Destacaram-se, numa programação que no dia 19 se estendeu das 10h da manhã às 6h da madrugada, o Coliseu Micaelense rendido à bateria siamesa dos PAUS; a alegria extasiante do mestre de cerimónias digital Dan Deacon; os mantras encantatórios na estreia mundial que une os Bitchin Bajas com Bonnie “Prince” Billy; e a união comovente e absoluta entre os ZA! e os jovens talentos, crianças dos 6 aos 14 anos, da Escola de Música de Rabo de Peixe. De fora não fica o portentoso concerto de Black Mountain no Solar da Graça, a efusiva festa para pais e crianças da programação do Mini Tremor, nem tampouco as revelações do palco dedicado exclusivamente ao #hiphopaçoriano, com Fred Cabral a exaltar os Guerreiros Insulares.
O TREMOR 2016 recebeu público de diversas proveniências e geografias, vindos de vários pontos da Europa e dos Estados Unidos, tendo sido visível a presença estrangeira e nacional naquele que foi o primeiro ano após a liberalização do espaço aéreo. O balanço da 3ª edição é extremamente positivo, com a adesão de milhares de pessoas às diferentes actividades, a abertura de portas e braços por parte da população local, salas esgotadas e um entusiasmo e pertença sem par.
A experiência 360º de música, natureza, uma comunidade participativa, presente, próxima e informal, o maravilhamento da revelação dos espaços da ilha e a surpreendente criação local em música propulsionam o crescimento do TREMOR e para que, cada vez mais, continue a surpreender, sempre, quem dele fizer parte.