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AFFRRONT REVIEW DO ÁLBUM "ANGRY VOICES"
Editora: Cianeto Discos
Distribuição: TheMetalVox Recs & Distro
“Angry Voices” é o álbum que marca a estreia dos brasileiros Affront. Um trabalho aguardado com grande expetativa em solo Brasileiro uma vez que o trio é formado pelo fundador e baixista dos Unearthly, M. Mictian (que também dá voz a este trabalho) e pelo guitarrista da mesma banda, R. Rassan (que tocou em Imago Mortis e Ainur). O line up fica completo com o baterista Jedy Najay, também músico experiente.
Apesar do passado dos músicos estar mais ligado ao Black Metal, à conta dos Unearthly, a verdade é que se nota em Affront influências claras dos Thrashers Germànicos Kreator.
O trio de Thrash/Death, oriundo do Rio de Janeiro, apresenta ao longo das onze faixas um som “opressivo”, mais saliente no titulo tema “Angry Voices”, incidindo no lado mais obscuro da política.
A brutalidade continua nas faixas “Scum Of The World”, com criticas à igreja, e prossegue com “Conflicts”, abordando manifestações contra governos corruptos.
De salientar ainda a participação do vocalista Marcelo Pompeu, dos Korzus, em “Under Siege”, que aparece em duas versões no disco (uma só com M. Mictian, e na faixa bónus com M. Mictian e Marcelo Pompeu).
Menos ríspida chega a faixa “Terra Sem Males”, um instrumental em homenagem à Guerra Guaranítica, com baixo e instrumentos indígenas todos gravado por M. Mictian. A língua materna também não foi esquecida pelos Affront em “Mestre Barro”, a única música em português que homenageia o Mestre Vitalino, considerado um dos maiores artistas da história da arte do barro no Brasil.
Este registo, lançado a 15 de Dezembro de 2016, foi produzido pela dupla R. Rassan e M. Mictian, e masterizado por Daniel Escobar. A capa foi concebida por Marcelo Vasco, conhecido pelos seus trabalhos gráficos para Slayer, Machine Head, HateBreed, Borknagar, SoulFly, Dark Funeral, entre outros.
Em suma, “Angry Voices” é uma estreia agressiva, mas limpa, e de consumo obrigatório. Certamente vamos começar a ouvir falar dos Affront como uma alternativa credível dentro do circuito.
Por: Marta Carvalhal
Pontuação: 8.5/10